terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Vítor Gaspar do Desporto como se chamará?

O Seminário de Loulé deu a imagem de uma autarquia ou de autarquias de uma região que procuram uma solução para os seus desafios desportivos e que para isso organizam um debate aberto a terceiros a quem pedem intervenções específicas e bem articuladas e dão tempo de exposição e debate.

Já o congresso da APOGESD deu outra imagem distinta de uma instituição que gere o seu sucesso com preocupações nacionais e que pelo menos necessitaria de uma acutilância e clarificação de conceitos.

Corro o risco de desagradar mas o debate democrático não se faz de palavras gentis ou de inverdades ou de verdades escondidas.

Gostei do respirar do Congresso da APOGESD o que me permitiu ver o que me parecem facturas e desafios.

Da conversa com o Abel Figueiredo, creio, conversámos sobre o indivíduo que tem uma constipação e que para não piorar para uma pneumonia necessita de se curar e identificar a constipação e estar dispostos a tratá-la e fazê-lo com eficácia.

Esconder que o desporto tem um corpo ou um modelo de funcionamento e recusar ver a falência são desafios do desporto português.

Inviabilizar uma teoria económica dizendo que o problema é da educação física e não olhar para os da gestão é um comportamento que foi suscitado no congresso.

Ora a SPEF e a CNAPEF reuniram-se em congresso e procuram encontrar uma solução face às reformas actuais e isso quer dizer que a educação física se mexe e isso é positivo.

Quando apresento uma teoria económica isso significa que fiz uma proposta para debate.

Se o desporto não a discute há várias hipóteses: desde a teoria não serve até aos interlocutores que não querem ouvir e participar em tal discussão.

Quando o investigador de gestão desportiva acena com a direita que a educação física está mal e com a esquerda diz que a economia não é relevante enquanto a direita não fizer o que está mal há 100 anos estamos num beco sem saída.

A questão para a gestão é talvez que ela talvez não saiba o que fazer e então procura parar o mundo e as suas voltas.

Obviamente que este resultado do debate foi permitido pelo facto da APOGESD ter feito o congresso e isso é um facto positivo e por tal deve ser incentivada a continuar nesse processo.

Os meus parabéns à equipa liderada pelo Amadeu Portilha.

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