terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Correr atrás da própria cauda, salvo seja ...

O nível do debate sobre os desafios do desporto e das suas dimensões críticas é nulo.

Não só os partidos com assento parlamentar nada dizem publicamente sobre o que acontece e o que devia acontecer como umas eleições como as do COP num período difícil como o actual não geram um debate aberto.

Talvez se espere que venha um D. Sebastião que faça maravilhas mas que ninguém tem coragem para indicar quais são.

Como se apresentando soluções isso retirasse graus de liberdade à decisão ou o líder não fosse capaz de decidir bem.

Dá-se o ceptro de mão beijada para o eleito fazer as maravilhas que lhe saiam da sua excepcional lavra.

Este processo sabe-se no que dá, desde o tempo da outra senhora e agora há exemplos actuais.

O que dá é a falência do desporto para acompanhar a do país.

A recente apresentação de 'contas' pela Federação Portuguesa de Futebol e toda a sua Direcção após um ano de liderança é um procedimento de elogiar e aguardar que não desapareça.

As soluções neste domínio poderiam ser muitas e o relevante é que estes procedimentos se intensifiquem para que a sociedade e os parceiros compreendam quais os aspectos positivos do desenvolvimento desportivo e se possam colocar no mercado para melhor aproveitarem os tempos que passam e as transformações introduzidas.

À falta de objectivos nacionais e apenas com debates restritos alguns responsáveis parecem apoquentados consigo próprios e com frenesim repetem-se não notando a cópia múltipla passados alguns anos o que parecendo impossível de evitar, e falo por experiência própria, há que tentar encontrar soluções que acompanhem a complexidade dos desafios que não se resolvem.

Isto para sugerir que deixando a cauda em paz, há um trabalho imenso para realizar e a necessidade de uma coragem elevada para tomar os assuntos fulcrais, compreender quais os aspectos estruturais e trabalhar para encarreirar o futuro na actuação dos parceiros e nas relações entre todos.

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