domingo, 2 de dezembro de 2012

Porque não te calas?

Os meus candidatos às eleições do COP são Fernando Mota, Manuel Brito e José Manuel Constantino.

Pelo que conheço deles qualquer um tem um perfil pessoal e de capacidade de liderança para responder ao desafio de ser o líder dos líderes do desporto português.

O cargo de líder dos líderes é novo e tem um alcance nunca assumido no passado.

Nesta altura a entre vista de Manuel Brito à Bola mostra que a própria comunicação social como a Bola, Record e Jogo ainda não se aperceberam da relevância do cargo para o seu plano de negócios. Quanto às televisões e rádios acompanho-os pouco e apenas aquilo que vou apanhando de forma parcial não me permite saber o que fazem.

O Fernando Mota, o Manuel Brito e o José Manuel Constantino são bons candidatos a líder do desporto português e o respeito que tenho por eles exige que seja imparcial e respeitando também o desporto coloque em cima da mesa as dúvidas e as limitações que a sua actuação sugere, as características que o desporto português exige trabalhar na minha perspectiva e com o objectivo de potenciar o resultado desportivo final.

Não me preocupa que um ganhe mas preocupa-me que se encontrem soluções de continuidade para esta geração de líderes que têm estado esmagados por um perfil institucional errado.

Preocupa-me também que algum deles ganhando imite o passado pensando estar a fazer o seu melhor comparando-se com o passado recente ou histórico.

Claramente alguns deles ou todos contribuíram para o desastre actual não sendo possível terem atravessado toda esta borrasca sem se terem molhado e mesmo encharcado do prejuízo corrente.

Porque não me calo?

Era fácil calar e esperar para ver o que as federações faziam enclausuradas que estão pelos poderes políticos, pelos seus comissários dentro das direcções das federações e pelo silêncio de política desportiva pública dos partidos parlamentares.

De facto não devia ser eu a fazer a oposição ao que se passa.

Este som, ou este ruído que também produzo, paga-se caro mas é a única posição coerente de respeito pelos jovens que dão tudo de si sem sequer compreenderem minimamente a missa em que estão metidos e face àqueles desprovidos de meios e de conhecimento para compreenderem como e porque devem retirar mais do desporto e do desporto que nem sempre lhes é disponibilizado.

Cabe às federações votarem naquilo que pensam ser a sua utilidade desportiva corporizada nas três hipóteses de candidatura postas à votação.

Não me cabe eleger, cabe-me conversar abertamente e em democracia para que o melhor candidato seja eleito.

Da votação das federações depende o meu futuro desportivo e o Vosso mesmo que não estejais a ler este blogue.

3 comentários:

  1. joão boaventura2 de Dezembro de 2012 16:02

    Caro Fernando

    Enquanto Constantino e Manuel Brito tiveram presenças fugazes em lugares cimeiros, o Fernando Mota foi o único que conseguiu resultados positivos e esteve à frente de uma Federação em longa duração.

    Alia, à demonstrada excelência da liderança, a inteligência, o discernimento e as provas dadas que só numa longa caminhada se torna possível visioná-las.

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  2. Caro João,

    Ao indicar os três pretendi separar claramente as águas.

    Com os três é possível elencar um conjunto vasto de qualidades que inclusive poderão ser divergentes face a personalidades e modos de ser e estar que são distintos.

    Concordo com as características e preferência que aponta a Fernando Mota e para manter acesa a discussão direi que o Manuel Brito tem um forte apoio partidário que os outros não tem e que o José Manuel Constantino tem maior capacidade de ouvir e atribuir projectos a terceiros, ao escolher toda uma equipa plural e diálogo social diverso, visando um objecto óptimo para o desporto.

    Quais destas qualidades serão mais relevantes para líder dos líderes?

    Pessoalmente também valorizo o saber produzir ouro olímpico.

    Direi contudo agora e hoje face ao nível de ineficácia desportiva que nos atirou para o fim de qualquer tabela europeia que as qualidades da produção do ouro poderão ser insuficientes e daí a necessidade de um quadro conceptual e de princípios mais complexo.

    A entre vista feita pela Bola é frágil do ponto de vista de um jornalismo desportivo informado. Outro jornal que também tem falado para além do futebol o Record ainda está sintonizado com o passado e nem sequer parece ter olhado a fundo para a eleição do COP.

    Vamos empurrando a pedra

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