A eleição do COP marca extraordinariamente a actualidade do desporto.
A convicção da relevância do próximo presidente do COP para o futuro do desporto português tomou corpo, assim como, outras ideias que têm surgido nas organizações como a necessidade de grupos de trabalho.
Uma das candidaturas garante que vai promover às resmas!
Se nunca fez, que aldrabice é esta que agora é que se vai fazer e que só se diz para as federações acreditarem?
A fractura operada pelo Grupo das Federações que se passaram a reunir fora dos fóruns tradicionais abanou o COP e outras instituições desportivas e a realidade parece mover-se.
A fractura deu o sinal de que era possível abrir brechas na fragilidade vigente e também esse acto incentivou a um movimento mais vasto no próprio interior de muitas federações como relato aqui.
Esses movimentos surgidos pela necessidade de dar a imagem de se fazer, o que na realidade não se faz há décadas, devem ser vistos com suspeição ou pelo menos com uma imensa cautela, nunca devendo ser assumidos como 'ovos de Colombo'.
Para os autores das maravilhas trata-se de cobrir uma oportunidade e não fazer aquilo que a modernidade obrigaria a que o desporto português já fizesse há muito tempo.
Quando por sistema não se faz o que se deve fazer e se depende da iniciativa do outro a derrota é certa.
Qualquer treinador de bancada sabe isto.
Ora na política desportiva portuguesa quem está sentado em cima do pote usa todas as formas de mexer o mínimo naquilo de que beneficia do trabalho dos agentes desportivos.
Nunca mexem mesmo suspeitando ou tendo factos que demonstram a sua incompetência ou clara negligência face ao que são as necessidades do desporto moderno.
À formação de grupos e de estudos 'tirados da cartola' surgem também os especialistas de ocus pocus políticos nomeados para liderarem isto, aquilo e aqueloutro sem que contudo as maravilhas surjam em algum momento. Estes especialistas são um problema das políticas nacionais como nota Guilherme d'Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, que lhes chama 'economistas visitantes'.
Às tantas as palavras maravilhosas baralham e as próprias pessoas já não percebem que entraram pelo ludíbrio do outro. Há que manter as tolas das federações quietinhas e sem terem a mínima capacidade de compreenderem que os seus erros não são das federações.
Há limites para tudo e agora estas coisas da realidade desportiva parecem andar mais depressa.
Andar, andam, mas, mais depressa?
'Uma Ova'!
Não há sector da actividade económica e social em Portugal mais atrasado na resolução e no ataque aos problemas das crises nacionais sem falar da sua própria do que o desporto português!
O nível de exigência de uma nova liderança para o desporto português está a subir em cada dia que passa e isso é um reflexo dos impactos, por um lado, das crises da sociedade portuguesa e, por outro, pelo apertão que cada parceiro e cada federação sentem diariamente da ineficiência do mercado do desporto e que face ao torniquete dos dois movimentos externo e interno os parceiros desportivos vêem-se obrigados a serem mais exigentes para se assegurarem de que aquele em quem vão depositar a confiança e a esperança da sua federação nos próximos anos se concretize.
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